Jesus de Nazaré considerava as Escrituras Hebraicas de Seu tempo como divinamente inspiradas? Ele tinha conhecimento das profecias que Nele se cumpririam?
SIM. Jesus, o Cristo do Deus, considerava as Escrituras Hebraicas de Seu tempo (a Lei de Moisés, os Profetas e os Salmos) como divina e perfeitamente inspiradas por Deus. Ele conhecia as profecias – cerca de trezentas e cinqüenta – que se cumpririam ao tempo de Sua habitação e ministério entre os de Seu povo, especialmente. Este arcabouço profético foi cumprido literalmente, o que inclui a encarnação no ventre de uma virgem da família real de Davi até à Sua rejeição, morte, ressurreição e ascensão à Destra de Deus.
Porque o Messias-Servo do SENHOR de fato nasceu de uma virgem, freqüentou o Templo em Jerusalém e as sinagogas dos judeus; cresceu em estatura e graça diante de Deus e dos homens, foi batizado nas águas do Jordão por João Batista, o último dos profetas de Israel, filho de Zacarias e de Izabel. Jesus de Nazaré, o Filho de Deus, avisou da inauguração do Reino de Deus (Mc. 1.15) e realizou uma grande obra de maravilhas, prodígios e sinais nos dias de Seu ministério, porquanto os judeus esperavam que o Nazareno assumisse as rédeas de um governo político (Lc. 24.19-24); mas foi considerado “aflito, ferido por Deus e oprimido” (Is. 53.4) e publicamente rejeitado pelos de sua gente que O crucificaram “por mãos de iníquos” (At. 2.23), conforme o histórico testemunho:
Mt. 27.23,25: “Seja crucificado! E o povo todo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!
Jo. 19.15: Eles, porém, clamavam: Fora! Fora! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso rei? Responderam os principais sacerdotes: Não temos rei, senão César!”.
Todavia, como prometeu, Cristo ressuscitou! O testemunho dos anjos e dos discípulos de Jesus corrobora o cumprimento das profecias. Ele também ministrou entre eles por quarenta dias. E subiu aos Céus, de onde virá para julgar os vivos e os mortos. A respeito do Messias-Servo do SENHOR, conforme profetizou Isaías (42.1-4), tudo se cumpriu em Sua primeira vinda, como os profetas do SENHOR Deus de Israel falaram. E isto é absoluta evidência de que o restante das profecias se cumprirá como “está escrito” e do jeito que “está escrito”.
Se Este Jesus não é o Messias de Israel, então, não existe Messias, a História seguirá o seu curso e o “tempo da angústia para Jacó” chegará; mas Israel não será livre e o seu remanescente jamais será empossado na alta dignidade de “cabeça das nações”.
Se Este Jesus não é o Messias de Israel então, não existe Messias, os rabinos dos judeus não se livram de seus muitos pecados – inclusive o de ensinarem o erro – e também não têm como oferecer perdão aos pecadores de Israel que são todos eles.
“Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras. (…) A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas.”
(Lc. 24.26-27; 44-48).
Ver também: 2 Sm. 22.44 (cf. Sl. 18.43); Jr. 31.7.