Com o avanço da humanidade, cada vez mais tarefas têm sido conduzidas por terceiros. Aliás, como diz o ditado “tempo é dinheiro”, se uma instituição ou pessoa usar o seu tempo com atividades que não sejam afins com o objetivo principal, estaria perdendo dinheiro, ou ao menos, deixaria de ganhá-lo.
Serviços como limpeza, segurança, organização de festas, manutenção de equipamentos, são bons exemplos de terceirizações utilizadas tanto por pessoas físicas quanto pessoas jurídicas. Por isso, tem crescido o número de empresas especializadas nesse ramo: terceirização, escolhendo uma das modalidades de serviço para ser prestado.
Agora, pensemos também que a administração dos recursos, para a maioria da população normal, também é confiada à terceirização, pois, no geral, ninguém faz render o seu dinheiro levando-o para casa, pois mantém investimentos, aplicações, depósitos em contas ou carteiras de aplicações, administradas por instituições financeiras.
Hoje em dia, seja pela pessoa física ou pela empresa, há a preocupação também pelo benefício social que o dinheiro pode fazer. Pois bem, vamos analisar um aspecto muito curioso quanto à aplicação dos recursos objetivando o bem social, focando no meio eclesiástico, que seria a disseminação da Palavra de Deus, o auxílio aos pobres, às viúvas, aos órfãos, o ensino e acompanhamento das crianças no Evangelho, a preservação e a valorização das famílias, etc.
Infelizmente, todas essas ações envolvem gastos e consequentemente demandam custos que devam ser supridos. As ofertas na Palavra de Deus são presentes em ambos os testamentos, sendo que nos textos do VT, havia a discriminação ainda dos dízimos, que eram ofertas específicas, relacionadas à décima parte da colheita, a ser dado aos levitas, que serviam no templo, enquanto nos textos neotestamentários, o Senhor deixou livre à voluntariedade do homem em auxiliar a Obra de Deus, visto que não há alusão a valor especificado para oferta em nenhum livro do NT.
Aduzimos então que, no NT, ou seja, período da Graça, não há que se falar em dízimo, mas em ofertas alçadas (ao alcance) de cada um, dadas com alegria e desprendimento. Onde aplicar os recursos então, podendo ser até em dez por cento da receita, pois isso não é pecado (dar a décima parte)? Essa pergunta é respondida da seguinte forma: depende de cada um. Irmãos, pensemos em uma situação esdrúxula de alguém ter um familiar passando por necessidades enormes financeiras, e o servo, a despeito disso, mesmo conhecendo tal situação, feche os olhos para a mesma, e “aplique” todo o seu recurso, reservado para aquela finalidade naquele período, para uma instituição que faria, em tese, a tarefa que ele deveria fazer em favor dos outros. Era como se o indivíduo pagasse um pedágio, para se ver livre daquela tarefa. Podendo passar longe de mendigos, necessitados, endividados, porque já teria terceirizado o “fazer o bem” para outro, desincumbindo-se então daquele encargo, assim encarado.
Nesse ponto, gostaria de trazer à tona a Parábola do Bom Samaritano cf. Lucas 10:25-37:
“E eis que se levantou certo doutor da lei e, para o experimentar, disse: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Perguntou-lhe Jesus: Que está escrito na lei? Como lês tu? Respondeu-lhe ele: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. Tornou-lhe Jesus: Respondeste bem; faze isso, e viverás. Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: E quem é o meu próximo? Jesus, prosseguindo, disse: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, os quais o despojaram e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. Casualmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e vendo-o, passou de largo. De igual modo também um levita chegou àquele lugar, viu-o, e passou de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão; e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar. Qual, pois, destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu o doutor da lei: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe, pois, Jesus: Vai, e faze tu o mesmo.”
Nos versos 34 e 35 de Lucas 10, podemos perceber que o Bom Samaritano investiu valores naquela causa, por ter sido enchido de compaixão, quais sejam, azeite, vinho e dois denários (valor correspondente a dois dias de trabalho). Será que ele julgou a quem estaria ajudando? Será que ele achou que seria um desperdício aplicar o seu tempo e seus valores naquele homem quase morto, que estava à sua frente? Será que o bom samaritano já não contribuía para o templo com os seus dízimos e ofertas? Isso não seria suficiente então? Por que o Senhor destacou que os outros passaram de largo, quais sejam, o sacerdote e o levita, enquanto o bom samaritano se aproximou? Bem, muito aprendemos com essa lição. Não adianta eu terceirizar a minha função de contribuir com a Obra de Deus, pois o “fazer o bem”, como nosso recurso, está sob nossa responsabilidade e não sob a responsabilidade administrativa do outro. Icemita, ainda mais agora, sabendo de todos esses delitos (em tese) praticados pelo palácio da rainha desfigurada, o pes, onde pairam fortes indícios de desvio da finalidade dos recursos aplicados, inclusive sendo demonstrados pela própria instituição citada, quando solicita ressarcimento em face de alguém do próprio pes em juízo, não se alienie com o pagamento do “pedágio” pela tua oferta à seita maranática.
Não seja negligente em privar pessoas realmente necessitadas e instituições realmente sérias da tua contribuição para os seus respectivos crescimentos.
Não cometa a loucura de deixar pessoas próximas a ti passarem por necessidades, sendo que Deus te deu a possibilidade de contribuir para com elas, e você está preferindo lançar nas mãos dos lobos da seita.
Não diga “eu já fiz a minha parte”, e depois vire a cara para os outros na família, na rua, na vizinhança, no local de trabalho, após a atitude, quase insana, de canalizar toda a tua possibilidade de contribuição para uma instituição que poderá aplicar o teu dinheiro em imóveis, remessas para o exterior, viagens, carros, cirurgias plásticas, “ajudas” aos empresários quase falidos, abertura de empresas milionárias, e outras cositas mais!
Eu já ouvi muitos icemitas falando também que nem se preocupam com o dinheiro que dão, sobretudo com o que fazem na icm, visto que dão para Deus. Permita-me corrigir, meu querido icemita: você está dando para o homem e não para Deus! Há pessoas passando necessidades dentro das unidades locais, e ninguém consegue reaver o dinheiro que deu para o caixa único do pes, para ajudar esses irmãos, e o pior, depois se tem a notícia de todos esses desvios (em tese) praticados pela cúpula e meias-solas espalhados pelo arraial da seita.
A ação judicial contra o vice e o contador prova que houve desvios sim! Então, como dinheiro não tem nome, podemos afirmar que a tua contribuição foi direcionada sim para uma causa que não foi a Obra de Deus, com letra maiúscula, e sim a obra de gedelspapa, com letra minúscula! Para com essa alienação!
Descubra o que é realmente contribuir com ofertas, exercendo o seu dever de cristão!
Pense nisso!
A Paz do Senhor Jesus
Em 11.09.2012
http://diganaoaseita.wordpress.com/2012/09/16/a-confortavel-terceirizacao-do-fazer-o-bem/
Artigos de Alandati em
http://diganaoaseita.wordpress.com
CV.