“Então, disse o SENHOR: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos.”
Gn. 6:3
A crítica fala de Darren Aronofsky, diretor roteirista de um longa-metragem com o nome Noé (Noah, 2014) como descrente da Torah, sendo judeu, o que não é novidade.
A fantasia do diretor começa a partir do momento em que recorre ao apócrifo Livro de Enoque para criar os Vigilantes (nefilins) como sendo os anjos caídos (mencionados pelos profetas) que aguardam a redenção; e deixa parecer lembranças de O Senhor dos Anéis. Baita heresia...
Claro, ele não foi fiel às narrativas bíblicas sobre Noé, pregoeiro da justiça; e evocou literatura apócrifa (Livro de Enoque) para criar os Guardiões (anjos caídos ou nefilins quais monstrengos de pedra) que aparecem para ajudar Noé na construção e defesa da arca em uma tentativa de invasão do exército do guerreiro Tubalcaim; mas esses demônios ao serem atingidos mortalmente são liberados das carcaças de lama petrificada e como um relâmpago cada um dos anjos caídos sobe para o Céu. Em Hollywood é possível a redenção…
Claro que o diretor roteirista não pretendeu se ater às antigas narrativas dos Patriarcas como aparecem em Gênesis. Ele refugia-se no Livro de Enoque, aliás, apócrifo, de fácil aquisição e leitura indigesta. Mas a leitura atenta do relato de Gênesis, especialmente, desmonta erros grosseiros do diretor e roteirista. Qualquer leitor iniciante das Escrituras pode notar:
1. A narrativa de Gênesis diz que Noé andava com Deus e assim mantinha distanciamento da iniquidade moral da sociedade; e que ele recebeu um chamado de Deus (Gn. 6.13-22), fruto da graça de Deus nele; ao contrário das alucinações mostradas no longa-metragem.
2. A família de Noé, esposa, três filhos e suas esposas constitui a figura central neste relato de Gênesis. Ao contrário, neste longa metragem apenas Sem (primogênito) leva a esposa.
Embora de tamanho colossal, a arca era um objeto para flutuar, a fim de livrar da destruição e morte a família de Noé e as espécies que nela estavam.
3. Deus (Elohim) e SENHOR (Jehovah) aparecem no relato de Gênesis (6.13 a 9.29) mas estes Nomes da Divindade não são citado no longa-metragem; apenas o Criador.
4. Cam (filho de Noé) aparece em conchavos com o ímpio Tubalcaim (descendente de Caim) que instiga o jovem à rebeldia, o que jamais ocorreu.
Ao entender do diretor roteirista a pele de cobra (lembrança ocultista da Serpente do Éden) é transmitida como um direito de nascença na linha de Seth, sendo que o Noé do longa metragem é o último descendente, o que contraria o relato de Gênesis.
6. A ordem de entrar na arca foi dada 7dias antes do começo das chuvas e rompimento das fontes subterrâneas. No contexto das Escrituras em tudo isto foi necessário exercer fé no que Deus disse do jeito que Ele disse.
7. Darren Aronofsky criou o Noel cinquentão ao lado de bela esposa, três filhos e um deles casado… Gênesis nos informa que Noé estava com 600 anos de idade quando entrou na arca com a esposa os filhos e suas esposas, ao todo 8 pessoas aguardando as chuvas do dilúvio.
8. A Bíblia afirma que o SENHOR fechou a arca por fora, preservando a integridade da família e dos bichos, não se admitindo a presença de mais ninguém.
9. O diretor roteirista permite que Tubalcaim se agarre às madeiras, abra uma brecha e ingresse na arca onde instiga o jovem Cam à rebeldia e morte de Noé; e, no final a luta entre Noé e Tubalcaim, o que jamais ocorreu.
10.O diretor foge de dar explicação sobre a condição dos animais na arca que “dormem o tempo todo”.
11. Armas de fogo (exigindo pólvora) e fogos de artifícios no filme?! Parece que o diretor do longa-metragem acredita na varinha de Harry Potter, o feiticeiro.
12. O relato bíblico informa o tempo de misericórdia de Deus para o homem até o dilúvio: 120 anos (Gn. 6.3). Noé era da idade de 500 anos quando lhe nasceram Sem, Cam e Jafé e com a idade de 600 anos veio o dilúvio (Gn. 5.32; 7.6). No filme a arca foi construida em apenas 10 anos.
13. Nada na Bíblia mostra anjos (caídos ou não) ajudando Noé na construção da arca.
14. Mas em Hollywood tudo é possível: Homem Aranha, Lobisomem, Papai Noel, Wolverine…
15. Desajustes imperdoáveis aparecem na conduta do Noé de Darren Aronofsky: a) ele cria a rebeldia no filho Cam que no filme quer uma esposa e foge para arranjar uma namorada lá nas hostes chefiadas por Tubalcaim; b) na desabalada fuga os jovens correm em direção à arca, a mulher cai na armadilha, Noé puxa o filho e a jovem é pisoteada pela turba; c) a nora de Noé dá a luz (tempo recorde) mas Noé quer matar as duas crianças nos braços da nora; d) depois do dilúvio o filho de Noé partiu para viver sua vida e onde encontrar mais alguém vivo?
16. Poxa! Mistura de evolucionismo com criacionismo e ficção; e ainda aparece o alucinógeno como causador de visão… E o diretor roteirista se esqueceu/negou-se a colocar um belo arco-íris no final do filme, negando que Deus seja capaz de fazer aliança ou pacto com os homens (Gn. 9.17).
Em fim, este diretor e roteirista de Noé entende que demônios merecem a redenção e sua fantasiosa imaginação correu de salto em salto. Aquilo que se convencionou chamar “licença artística” foi muito além de liberdade de criar e resultou em graves heresias neste longa-metragem, bem ao estilo de apóstatas, gnósticos e novaerinos.
Ganhei a entrada.
Não gostei deste longa-metragem.
Prefiro o relato de Gênesis e a enternecedora lembrança que nos deixa de Noé, o pregoeiro da justiça cf. Hb. 11:7:
“Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé”.
Em https://www.facebook.com/velozcavaleiro/posts/746652988713101?notif_t=like deixei uma nota respeito deste artigo e lemos as postagens que seguem:
Rosannia Kinsley “E estará o arco nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar do conserto eterno entre Deus e toda alma vivente de toda carne, que está sobre a terra.” Gênesis 9.16
Rosannia Kinsley Bíblia de Estudo Pentecostal, Gênesis 9.13 – O MEU ARCO… NA NUVEM – “O arco-íris foi o sinal de Deus e o memorial perpétuo da sua promessa, no sentido de nunca mais Ele destruiria todos os habitantes das terras com um dilúvio. O arco-íris deve nos lembrar da misericórdia de Deus e da sua fidelidade à sua palavra”.
Cavaleiro Veloz Importante é que o Eterno e Todo-Poderoso firmou não uma promessa mas um PACTO e o sinal (arco-íris) ficou ligado a este pacto eterno. Deste modo, o SENHOR se comprometeu – irrevogavelmente; e causa admiração a expressão “eu o verei”, implicando em um olhar intencional. Que maravilha! Então, a palavra pronunciada por Ele e o sinal nas nuvens nunca podem ser separados, o que confirma a GRAÇA anunciada antes da LEI. Engrandecido seja o Nome do SENHOR.
Maria Oliver Todas as resenhas que li sobre esse filme apontam na mesma direção: distorção grave do relato bíblico de Noé. O que não me surpreende. Assim como no filme anterior, Cisne Negro, cheio de simbologias ocultistas, neste ele não foge à regra. Mas neste caso, o buraco é mais embaixo. Aronofsky cumpre fielmente a agenda da elite hollywoodiana, imersa no satanismo e na maçonaria. E como tal tenta de todas as formas exaltar Lúcifer e desacreditar Deus. E assim se prepara toda uma atmosfera de apostasia, a fim de que o Anticristo possa ser mais facilmente aceito quando vier. O palco está armado.
NOTAS
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