SEGURO para os casos de morrer e viver

Sugiro primeiramente que deem uma lida no nosso artigo http://diganaoaseita.wordpress.com/2012/08/31/negocio-da-china/, onde é feito um “vôo” panorâmico sobre a indústria de embolsar valores depositados nas contas da ICM-PES.

Para este artigo, abordarei mais especificamente um dos campos de atuação dos asseclas do gedeltismo, que se refere ao negócio do seguro de vida obrigatório, para os transportados para os eventos da seita no quartel general.

A partir de um certo momento, não sabendo precisar quando, chegou a notícia que o “Senhor” teria orientado que ninguém mais subiria ao maanaim sem que antes fizesse o pagamento de um valor a mais na inscrição, correspondente ao seguro de vida.

Em primeiro momento, qualquer pessoa sensata chegaria ao entendimento que fazer um seguro de vida, que resguardasse a família do viajante, em caso de acidentes que resultassem em um desfecho indesejado, porém possível, seria algo louvável, e que demonstrava uma prudência recomendável. Afinal de contas, precaução e caldo de galinha não fazem mal a ninguém!

Aí então reside a maldade dos meias-solas remendados, súditos da rainha que governa o palácio desfigurado: o chamariz seria a prudência em se garantir um amparo familiar em caso de um possível infortúnio que atentasse contra a vida do servo, que se deslocava para o seminário, mas o pano de fundo era bem outro.

Nesse ponto, abro um parêntese para meditarmos a respeito de um fato curioso. O comendador e seus discípulos meias-solas falam abertamente que o “clamor pelo sangue de jesus”, o CHAPOLIN COLORADO DA OBRA (veja em http://diganaoaseita.wordpress.com/2012/09/30/o-chapolin-colorado-da-obra/ ) seria arma infalível contra todos os males, e por que não seria eficaz contra um acidente de trânsito, e de igual forma, para evitar a morte do servo que usa tal arma? Seria mais coerente, diante de tudo que é ensinado em seminários e cultos, que se abrisse mão de qualquer resguardo humano, em face da infalibilidade, como é declarada, do clamor pelo sangue de jesus, não é mesmo? Fecha parêntese!

Bem, voltando ao assunto inicial, faço menção à legislação brasileira quanto ao seguro, que pasmem, é facultativo. Veja o texto extraído da página da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestres):

“Os passageiros do transporte interestadual e internacional regular de passageiros podem ainda adquirir junto às empresas transportadoras um Seguro Facultativo Complementar de Viagem. Este seguro é regulamentado pela Resolução ANTT nº 1454/2006, sua aquisição é desvinculada do preço da passagem e possui comprovante específico. A compra da passagem pelo usuário não pode ser vinculada, sob nenhuma forma, à aquisição deste seguro facultativo. Sob nenhum motivo a oferta do seguro facultativo desobriga as empresas de contratar o Seguro de Responsabilidade Civil. E, diferentemente deste último, o seguro facultativo não possui valores definidos de cobertura.”

Fonte: http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/4913/Seguros.html

A norma que regulamenta tal modalidade de seguro é a Resolução ANTT nº 1454/2006, que pode ser lida no link abaixo, com muita facilidade, pois apresenta um texto bem sucinto:

http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/2454/Resolucao_1454.html

Na página ainda da ANTT, encontramos dois outros tipos de seguros, quais sejam o DPVAT – Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre e Seguro de Responsabilidade Civil. O primeiro seguro diz respeito ao titular do veículo automotor, sendo portanto de sua responsabilidade o pagamento do mesmo. O segundo ficaria a cargo do responsável pelo transportador, podendo ou não coincidir com o proprietário do veículo.

O que importa efetivamente sobre o assunto é que, o seguro que caberia ao passageiro em arcar, seria a primeira modalidade abordada aqui, e a denominação deste, assim como o seu caráter é FACULTATIVO! Esse seguro DEVE ser DESVINCULADO da passagem! Como o nome já diz, é uma opção do passageiro escolher pagá-lo antes do seu embarque no transporte!

Meus irmãos, aquilo que é facultativo, na obra maravilhosa, toda revelada, sem falhas, sem manchas e sem mentiras, vira OBRIGATÓRIO! E isso vira uma opressão para quem deseja “receber uma benção” em subir ao maanaim para seminário, pois apesar de ser pouco o valor, não superando os R$ 10,00, para um irmão que já dá ofertas ou “dízimos” (décima parte antibíblica do salário), ainda compra produtos de limpeza, copos descartáveis, papelo higiênico, flores, equipamentos eletrônicos mais sofisticados, ônibus de transporte de irmãos para as BIGs Evangelizações, etc, e ainda o “maravilhoso” e “sofisticado” alojamento do maanaim, que não é dos servos, e sim do pes, o transporte propriamente dito e a alimentação. Ufa, é gasto para tudo quanto é lado, para se tentar “receber uma benção”, hein?

O pior é que ainda os meias-solas colocam mais uma pedrinha nos encargos do fieis, que é tornar o seguro, de facultativo para obrigatório, exatamente deixando o negócio mais oneroso ainda.

Bem, a maldade não para por aí. Você que nunca procurou saber como era aplicado o seu dinheiro na “obra”, vou te dar uma informação: esse mesmo seguro, que era para ser facultativo e se tornou obrigatório, para você pagar, na base do “ossinhôrrevelô”, já é pago pelo pes ao fornecedor do produto, a seguradora. Isso mesmo, o compadre do comendador, também mestre no seminário, dono da seguradora, já recebe o seguro facultativo “obrigatório” uma vez, com pagamento direto do pes, e depois recebe novamente de você, formatado, não questionador, que não quer nem saber para onde vai o dinheiro!

Esse negócio deu tão certo, que está sendo repartido agora com um outro compadre, para que também tenha uma fatia nesse bolo recheado!

Isso se chama BI-TARIFAÇÃO, pois é pago duas vezes pelo mesmo serviço, que na realidade, não é prestado, mas garante, em tese, uma segurança, em caso de ocorrência de sinistro.

Nesse ponto, eu gostaria de fazer um paralelo com um texto bíblico, que se encontra transcrito abaixo, com a citação da referência:

“NAQUELES dias Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; e veio a ele o profeta Isaías, filho de Amós, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás.”

Ezequias 38:1

Talvez os meias-solas estejam se embasando, para cobrar e receber duas vezes, uma mesma coisa, no caso, o seguro de vida do passageiro, neste texto, que é redundante, quando declara: “porque MORRERÁS, E NÃO VIVERÁS.” (com nosso destaque). O mais grave da situação é que, no caso de Ezequias, a quem foi dirigida essa palavra pelo profeta, a sua desobediência representava duas mortes, a desta vida terrena e da vida eterna com Deus. No contexto, para ele, seria necessário se voltar para a parede, ou seja, humilhar-se, arrepender-se, ver que não haveria perspectiva mais nenhuma se não recuasse, para que fosse poupado das mortes, para aquele momento.

Será que não estão querendo te segurar duas vezes, porque não tem certeza do afastamento da morte, e nem da não vida?

Há ainda mais coisa nesse assunto, que também não deixa de demonstrar a crueldade desses avarentos, que agem sob o olho gordo focado nas gorduras dessa vida, que é a inúmera quantidade de irmãos que necessitaram efetivamente do uso do resgate desses valores segurados, e que viveram uma via crucis, muitas das vezes, utilizando a via judicial, para tentar fazer valer os seus direitos. Mas isso é assunto que pode ser explorado por gente que tenha passado por isso, e portanto, que venha a trazer detalhes com mais propriedade. Nós, só ouvimos falar e sabemos que existem!

Vamos fazer um exercício mental bem rápido? Imagine se o seguro fosse R$ 5,00, multiplicados por todos os irmãos que sobem aos seminários, e que usam ônibus, sendo que alguns vão mais de uma vez por mês! E pago em dobro! Deve dar uma boa graninha!

Quer saber a verdade então: o teu dinheiro não vai para seguro coisíssima nenhuma! Vai para o bolso dos compadres do comendador, e de repente, deve sobrar um pouquinho para ele.

Eh, que obra maravilhosa é essa, hein?

A Paz do Senhor!