Por quem JESUS morreu?

 Com o hino MOMENTOS PRECIOSOS do Hinário Evangélico CEB, ed. 1962, letra de Rafael Camacho (1930-1969) darei início a este Tópico. Hino para o cântico congregacional e coral equivalente aos dois últimos versos do coral da Cantata Espiritual n. 1 de J S Bach (1685-1750). Clique no play back número 28 em  http://5re.metodista.org.br/conteudo.xhtml?c=3542  (NOTA) Felizmente conseguimos a execução deste hino em  https://www.youtube.com/watch?v=7QWNPH8q8ZQ  onde registramos o nosso agradecimento à Denise Falavinha. Então, cantemos este hino “recordando as duras penas que por nós sofreu Jesus”.

MOMENTOS PRECIOSOS

1.
Oh! Momentos preciosos
Que passamos junto à cruz
Recordando as duras penas
Que por nós sofreu Jesus!
Sim, levando nossas culpas
Cristo dá-nos doce paz.
Os temores nos dissipa
E nossa alma satisfaz!

2.
Sobre o lenho pendurado
Eis o meigo Salvador
Convidando os pecadores
Num amplexo de favor.
De seus lábios sacrossantos
Que destilam compaixão,
Corre ardente em santo afeto
A palavra de perdão. Amém.

Amados, a pergunta do artigo é de capital importância. Cuidaremos da resposta, ainda que brevemente. O Calvário é pavoroso. O confronto começou.

Inicialmente, desejei que juntos pudéssemos rememorar alguns aspectos da angústia e morte de Cristo Jesus. Do ponto de vista de Suas dores físicas e inexprimíveis sofrimentos reporto-me à dissertação do Dr. C. Truman Davis – A Crucificação de Cristo, a partir de um ponto de vista médico (1). Convém ler esta dissertação antes de prosseguir.

Nestes contornos, quando discorremos a respeito da morte de Cristo, o Cordeiro de Deus,

> como EXPIATÓRIA – pensamos em cobertura (Lv. 4.13-20; 6.2-7; Rm. 5.11);
> como PROPICIATÓRIA – o meditar é em apaziguamento (Rm. 3.25; Hb. 2.17);
> como RECONCILIAÇÃO – pensamos no reatamento de amizade (2 Co. 5.18-20; Rm. 5.10);
> como RESGATE – o pensamento se volta para a redenção (Mt. 20.28; Hb.9.12); e
> como VICÁRIA – refletimos em substituição (Is. 53.6; 2 Co. 5.21; 1 Pe. 2.24; 3.18).

Não passe correndo por cima dessas referências. Confira. Entenda. Faça como os cristãos de Beréia… “examinando as Escrituras todos os dias” (At. 17.11). Medite. Destes conceitos doutrinários especiais não devemos perder o significado, pois envolvem o contexto das Escrituras Sagradas no que concerne à morte de Cristo Jesus e este sacrifício não foi em vão, como está escrito (Hb. 10.12-13): Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. Este grande mistério é o Testemunho de Deus a respeito do Filho Unigênito ao dizer que Ele “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” (Fp. 2.8)

E, assim, Cristo Jesus morreu

1) – pela “igreja de Deus… o corpo de Cristo”;

2) – pelo mundo inteiro.

Entendamos o que isto significa:

1) – Não há dúvida de que Cristo Jesus morreu pela “igreja de Deus… o corpo de Cristo”. O Novo Testamento é pleno desta exortação (ênfase nossa):

(Jo. 10.14-15): Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e DOU A MINHA VIDA PELAS OVELHAS.

(Jo. 17.9-11): É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus; ora, todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e, neles, eu sou glorificado. Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós.

(1 Co. 11.23-26): Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: ISTO É O MEU CORPO QUE É DADO POR VÓS; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: ESTE CÁLICE É A NOVA ALIANÇA NO MEU SANGUE; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.

(Ef. 5.25-27): Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e A SI MESMO SE ENTREGOU POR ELA, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.

2) – O ensino das Escrituras a respeito da morte de Cristo Jesus pelo mundo inteiro é claro.

(Is. 53.6): TODOS NÓS andávamos desgarrados como ovelhas; CADA UM se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele A INIQUIDADE DE NÓS TODOS.

(Jo. 1.29): No dia seguinte, viu João [Batista] a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que TIRA O PECADO DO MUNDO!

(Mc. 10.45): Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e DAR A SUA VIDA EM RESGATE POR MUITOS.

(1 Tm. 2.5-6): Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual A SI MESMO SE DEU EM RESGATE POR TODOS: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos.

Ainda convém abordar dois pontos, mesmo que sucintamente:

a) Entre os cristãos calvinistas a doutrina da expiação limitada é ensinada, ou seja: Cristo morreu apenas para os eleitos a quem Ele escolhera previamente. Porém, além dos textos citados, a Escritura insiste muito claramente quanto a este assunto:

(Hb. 2.17): Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, [Jesus] se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo.

(1 Jo. 2.1-2): Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.

b) Porém, maior gravidade há quando o chefe religioso da ICM-PES insiste em novas revelações do apocalipse. Deste modo, ao espiritualizar a profecia em Ap. 8.5 ele dogmatiza que o anjo do Apocalipse joga o fogo do altar – símbolo do Espírito Santo – sobre a cabeça dos homens para que recebam com alegria as intervenções de Deus (2).

Com este imbróglio profético o chefe religioso descaracterizou o ensino neotestamentário a respeito do ardente batismo com o Espírito de Cristo. Não satisfeito, este evangelho maranático suplementar insiste que o Espírito de Deus é coisa na mão do anjo ou força ativa como querem os russelitas (3).

Deste modo, o mestre-profeta e primaz da Maranata desacata as Escrituras Sagradas e autoriza o anjo – que absurdo! – a fazer algo que lhe é impossível e jamais passou pela mente desta ordem de seres criados. E torcendo as Escrituras, como faz em outras passagens, o mestre-primaz destituiu a Cristo Jesus de seu Apostolado, Messianato e Sumo Sacerdócio; e excluiu o Espírito de Cristo Jesus como Aquele que, segundo as Escrituras, guia “a igreja de Deus… corpo de Cristo” a toda Verdade (cf. Jo. 16.13).

Entendam: Gedelti Gueiros conseguiu negar a Doutrina da Tri-Unidade da Divindade.

c) Por conseguinte, este ultraje é de tal estupidez que, tanto para uns e como para outros, Cristo deve descer dos Céus e novamente ser crucificado porque de nada valeu o que Ele consumou ao dizer: ESTÁ CONSUMADO!

Porquanto, a Escritura declara (Hb. 10.29):

De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?

Compreenda esta grandiloquente heresia relendo dois Tópicos: “A OBRA”: DOS MALES O PIOR (4) e “A OBRA”: À PROCURA DO ELO OCULTO (5).

Lembre-se que na ICM-Obra-do-jeito-que-o-mestre-primaz-quer as afirmações doutrinárias dissimuladas em espiritualização de frases das Escrituras são confirmadas por DON (cf. art. 26 do constitutivo eclesiástico) e institucionalizadas como doutrina revelada e incontestável.

No entanto, aqueles que desprezam as Escrituras são indesculpáveis por não considerarem o que pelo Espírito de Cristo está determinado contra eles (2 Pe. 2.1-3 – ênfase nossa):

Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós FALSOS MESTRES, os quais introduzirão, dissimuladamente, HERESIAS DESTRUIDORAS (gr. apoleias), até o ponto de renegarem o soberano Senhor ATÉ que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina DESTRUIÇÃO (gr. apoleia).

E muitos seguirão as suas práticas libertinas (gr. apoleias), e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade [a mensagem cristã, o modo de vida cristão] ; também, movidos por avareza (gr. pleonexia –apego excessivo ao dinheiro, apetite insaciável por dinheiro, ganância), farão comércio de vós, com palavras fictícias [contratos fingidos]; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e A SUA DESTRUIÇÃO (gr. apoleia) NÃO DORME (6).

MEU DEUS! Então, chegamos a algo que faz tremer. Este texto afirma claramente que em Sua morte Cristo havia resgatado aqueles que depois passaram à posição de falsos mestres e de falsos profetas movidos por avareza, falsidade e ganância; e que nesta condição de desacato às Escrituras do Todo-Poderoso, agora os rebeldes se sujeitam à “repentina destruição”.

O confronto é com a VERDADE. Diante da verdade do Evangelho de Deus você está tremendo, cristão? Note nas Escrituras (1 Co. 8.11-12; Rm. 14.15 – enfatizamos) que Cristo morreu por alguns, embora eles venham a perecer (7):

E assim, por causa do teu saber, PERECE o irmão fraco, PELO QUAL CRISTO MORREU. E deste modo, pecando contra os irmãos, golpeando-lhes a consciência fraca, é contra Cristo que pecais.

Se, por causa de comida, o teu irmão se entristece, já não andas segundo o amor fraternal. Por causa da tua comida, NÃO FAÇAS PERECER AQUELE A FAVOR DE QUEM CRISTO MORREU.

Naturalmente certa pergunta surge: Se Cristo morreu por todos, por que todos não são salvos? Comecemos com a afirmação de Cristo Jesus (Jo. 8.24 – ênfase nossa): Por isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque, se não crerdes [se não exercerdes fé] que EU SOU, morrereis nos vossos pecados. Vale dizer: por maior que seja o valor da morte do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo. 1.29), ela não se aplica aos não regenerados até que venham a exercer e continuar exercendo fé em Cristo Jesus, “visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé” (Rm. 1.17).

POR QUEM JESUS MORREU? A resposta à pergunta acima está em que – cada um – deve exercer fé em Cristo Jesus que morreu por ele; antes de poder participar dos benefícios que Sua morte traz ao que exerce fé em Cristo desde agora e para a vida eterna. Deste modo, aqueles que continuam exercendo “a fé em Cristo Jesus” (8) podem afirmar ousadamente (Hb. 10.39): Nós, porém, não somos dos que retrocedem para perdição (gr. apoleia); somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma.

Portanto, amados, o Evangelho é absoluto. O Evangelho não admite relativos, sofismas e teologias que alguns arranjam a seu modo e institucionalizam profanando o Bendito Filho Unigênito. O Espírito Eterno foi claro ao dizer pela boca do amado e eterno Salvador (Mt. 12.30):

“Quem não é por mim é contra mim;

e quem comigo não ajunta espalha.”

Finalizando, cantemos o hino REDENÇÃO. Letra de Antônio José dos Santos Neves (1827-1874). Copiei a letra do hino 152 do “Salmos e Hinos”, considerada sem alterações. A música de autoria do Rev. Alexander Whishaw (1823 – 1882) pode ser ouvida clicando no número 31 em http://5re.metodista.org.br/conteudo.xhtml?c=3542   ou  https://www.youtube.com/watch?v=cE5gurAEG8g para o cântico.  Como é hino para o cântico congregacional, especialmente para esta semana em que celebramos as angústias inexprimíveis e a morte de Jesus, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, a pianista executa a comovente melodia Saint Agnes a partir da segunda parte do verso. Após pequena pausa canta-se o hino até o final. É fácil. (Nota: no sem voz a pianista canta a letra que aparece no atual Hinário Evangélico n. 31 com a mesma musica).

REDENÇÃO – n. 152 (Salmos e Hinos)

1.
Pendurado no madeiro,
Ó Jesus, quiseste assim
Me livrar do cativeiro
E provar-me amor sem fim.
O Teu sangue foi vertido,
Expiraste, ó meu Jesus!
E ficou por ti cumprido
Meu resgate sobre a cruz!

2.
Neste sangue, que verteste,
Purifica-me, Senhor!
Foi por mim que tu sofreste:
Sê propicio ao pecador!
Vem valer ao condenado
Sob a dor da maldição,
Neste abismo do pecado
A lutar na escuridão!

3.
Teu favor, Jesus bendito,
Minha vida guarde aqui.
Teu amor é infinito!
Vem unir-me sempre a Ti!
E na cruz, o Cristo amado,
Por Teu sangue expiador,
Vem, remove o meu pecado,
Vem valer ao pecador. Amém!

Notas

(1) A Crucificação de Cristo, a partir de um ponto de vista médico
http://www.hermeneutica.com.br/estudos/crucificacao.html

(2) Gedelti V. T. Gueiros – Revista Personalidades – A Quarta Trombeta, ano IV, n. 13, 1998, pgs. 39-41. Neste mesmo sentido: Guia Verbo, 1a. ed., 2002, pgs. 20-30; VerboNews – Edição Especial – Editora e Marketing Ltda, n. 13, Ano 2, Abril de 2006, pgs. 20-24. O CD da chamada “Grande Evangelização” em Belo Horizonte – MG traz esta malfadada mensagem.

(3) A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, 1967, Edição Brasileira, da Watchtover Bible And Tract Society Of New York, Inc., em Gn. 1.2 traslada o hebraico “ruach elohiym” como “força ativa”. As doutrinas dos russelitas (testemunhas-de-jeová) têm sido chamadas de “sistema de negação”. Desde o início o malfadado russelismo nega a personalidade do Espírito de Deus. Este consumado e maléfico racionalismo religioso, a que chamam exatamente de “doutrina revelada”, continua acima das Escrituras Sagradas. No afã de institucionalizar a heresia da “quarta trombeta” o mestre-primaz da ICM-PES aproximou-se deles (quanto a dizer que o “fogo do altar” é o Espírito Santo) e dos adventistas (no tocante à marcação de datas dos toques das trombetas).

(4) “A OBRA”: DOS MALES O PIOR
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=1278527&tid=5296749060435157926

(5) “A OBRA”: À PROCURA DO ELO OCULTO
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=1278527&tid=5306459431735600038

(6) 2 Pe. 1-3; 3.7 – “destruição… destruidoras”. A palavra apoleia aparece vinte vezes no Novo Testamento. Exemplos: Mt. 7.13; Jo. 17.12; 2 Ts. 2.3; Rm. 9.22; 1 Tm. 6.9. Por conseguinte, Apoliom (a tradução grega do hebraico Abadon – destruidor) identifica o anjo do abismo (Ap. 9.11).

(7) 1 Co. 8.11-12; Rm. 14.15 – “perece… perecer”. Cerca de noventa vezes encontramos o verbo apollumi no Novo Testamento com o significado de: destruir, estar entregue à miséria eterna, morrer, perder eternamente. Exemplos: Mt. 2.13; 10.82; Mc. 4.38; 12.9; Lc. 11.51; 15.17; Jo. 10.10; 18.14; 2 Ts. 2.10; 1 Co. 1.18-19; Tg. 4.12; Jd. 1.11.

(8) Gl. 2.15,16; 3.26-29; Cl. 1.4; 1 Tm. 3.13; 2 Tm. 3.14-17.

NOTAS

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Artigo publicado na Comunidade Já Fui Um Maranata (J-FUM), no ORKUT, em 10.04.2009, às 19:33. Atualização e re-estilização em 18.04.2014 às 1:29. Nova atualização em 25.03.2016 às 03:00 e em 27.03.2016 às 03:00 depois de encontrar  http://5re.metodista.org.br/conteudo.xhtml?c=3542

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