A doutrinação ideológica garantindo que três trombetas já tocaram e a quarta trombeta vai tocar num abrir e fechar de olho expõe o costumeiro gedeltismo com o particular teologismo (falsa teologia). A Logo da Maranata é insistente em quatro trombetas. No campo de Mineirão (Belo Horizonte-MG) em 21.04.2006 e no desfile final na pç. do Papa (Vitória-ES) em 10.03.2013 insistiram no erro por questão de orgulho religioso.
A exortação insistente do Espírito de Deus aos crentes em Jesus contraria frontalmente o erro enraizado na ICM. O apóstolo Paulo recebeu a revelação e insiste que o crente em Jesus deve (1 Ts 1.10): “…esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura”. Em 1 Ts. 4. 17 a palavra “arrebatados” traduz a palavra grega harpazo, que significa “capturar” ou “dominar por meio de força”. Esta palavra é usada 14 vezes no Novo Testamento Grego de várias maneiras diferentes.
Assim, à igreja em Filadélfia Jesus fez uma promessa (Ap 3.10): “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” Contudo, essa mensagem não é apenas para determinada igreja local, haja vista o que está reiterado nos versículos 13 e 22 do mesmo capítulo: “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.”
Conquanto a igreja em Filadélfia naqueles dias estivesse passando por graves tribulações, os salvos daquela igreja não passaram pela “hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo” — todos os mortos em Cristo têm a garantia de que não passarão pela Grande Tribulação, uma vez que ressuscitarão e serão tirados da Terra antes dela.
Desta forma, todas as mensagens de Jesus registradas em Apocalipse às igrejas da Ásia possuem mandamentos e exemplos para nós, hoje, por exemplos:
- quanto à manutenção do amor e da fidelidade (2.4,10);
- quanto às falsas profecias (2.20-22);
- quanto ao perigo de Jesus estar do lado de fora (3.20), etc.
E Jesus disse (Lc 21.36, ARA – ênfase): “Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do homem.” Entenda a ênfase nesta profecia: “escapar”; e não atravessar, participar, passar, suportar etc.
Então, a promessa de livramento da hora da tentação em apreço é extensiva a todos os salvos — “há de vir sobre todo o mundo” —, assim como o que está registrado (v. 11): “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” Coloque isto em seu coração: esta promessa NÃO depende de toque de trombetas. Não depende de sinais.
Escrevendo duas cartas aos cristãos tessalonicenses, a ênfase do apóstolo Paulo é o arrebatamento da igreja de Deus. Ao mencionar este evento glorioso pela primeira vez, ele deixou claro que Jesus “nos” livrará da ira vindoura (1 Ts 1.10). E isto é firme ainda na primeira epístola: “quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição (…) e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão” (5.3,4).
Este ensino neo-testamentário de que Cristo, a qualquer momento, pode arrebatar “a igreja de Deus… corpo de Cristo” sem advertências ou sinais prévios (i.e. iminência) é um argumento tão poderoso em favor do pré-tribulacionismo, que se tornou uma das doutrinas mais ferozmente atacada pelos oponentes.
Fixe a atenção e observe no texto acima:
- aqueles que estão em trevas – não escaparão – da destruição irresistível e repentina;
- aqueles que estão em Cristo – “não estais em trevas” – os filhos da luz (5.5) já terão sido arrebatados “ao encontro do Senhor nos ares” (4.16-18) “antes da ira [de Deus] futura” (1.10).
Insistente no foco da profecia, mais adiante Paulo reafirma o que dissera no primeiro capítulo dessa Epístola: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo” (5.9).
Interpretação ainda difícil é a respeito da futura manifestação do Ímpio e não convém fazer especulações sobre o que não está revelado claramente (2 Ts 2.6-8): “E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado; e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda.” Porém, ainda que de difícil interpretação, neste ponto da profecia de Paulo meridianamente observamos a reiteração de que a “igreja de Deus… corpo de Cristo” não estará sob o domínio do Anticristo – e nem poderá estar. Nunca!
O Espírito de Deus guia, pacientemente, à verdade. O Novo Testamento nos resume verdade que paira sobre nossas cabeças.
- Antes de o Cordeiro de Deus desatar o primeiro selo (Ap 6), dando início a uma série de juízos contra aqueles que se deixam levar pela sedução do “deus deste mundo” (2 Co. 4.4), o apóstolo João viu os 24 anciãos diante de Deus, no Céu (Ap 4-5). E estes anciãos representam a totalidade da Igreja: as doze tribos de Israel e os doze apóstolos de Cristo. Isso prova que, desde o início da Grande Tribulação na Terra, os salvos estarão no Céu.
- Em Apocalipse 13.15, está escrito que serão mortos todos os que não adorarem a imagem do Anticristo. Se este fará guerra aos santos, a fim de vencê-los (v. 4), quantos destes seriam arrebatados durante ou depois do período tribulacionista? Como vimos acima, tais santos mortos pela Besta são os mártires da Grande Tribulação, e não a Igreja, que já terá sido arrebatada.
- Está claro na Palavra de Deus, que a Noiva de Cristo estará no Céu durante esse período, e com Ele voltará para pôr termo ao império do mal, como foi revelado (Ap 19.7-14).: “…vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. (…) E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro.”
- Glória ao Cordeiro!!! Nesse período de aflições incontáveis e trevas estaremos com Ele nas regiões celestiais. O Eterno e Todo-Poderoso garante o que disse do jeito que Ele disse. Sempre!!!
O Iníquo ainda não se manifestou (e isto acontecerá com a abertura dos sete selos). Então, cabe a pergunta: se “já o mistério da injustiça opera”, por que ele ainda não se manifestou publicamente? O que o detém? Quem o resiste? Quem será tirado da Terra, para que ele tenha total liberdade até à esplendorosa vinda de Cristo? A única revelação que nós temos, retratada pelo próprio apóstolo Paulo, é que, no aparecimento de Jesus Cristo o povo de Deus será instantaneamente e misteriosamente tirado da Terra (1 Ts 4.17; Tt 2.13,14). E, se depois deste evento maravilhoso é que o Anticristo será revelado, então estamos diante de mais uma prova de que a “igreja de Deus… corpo de Cristo” não passará pela “grande [tamanha] tribulação”.
Ora, no intuito de garantir que a Igreja não enfrentará a “grande [tamanha] tribulação” (Mc 13; Mt. 24,25; Lc. 21) é comum o recurso da simbologia. Afirma-se que: a) Enoque foi arrebatado antes do dilúvio; b) a família de Noé foi salva do dilúvio; c) as águas do Mar Vermelho só caíram sobre os egípcios depois que Israel passou; d) Elias subiu num redemoinho antes do cativeiro de Judá; e) a “igreja de Deus” é a luz do mundo, e, quando ela for tirada, se instalará um período de trevas; f) ela é coluna e firmeza da verdade, e, com o arrebatamento o mundo inteiro entrará em catástrofes, convulsões religiosas e sociais, guerras e mortandades que caracterizarão a última das “setenta semanas de anos” de que Gabriel instruiu a Daniel (Dn. 9.26-270. No entanto, tais exemplos apenas ilustram e reforçam uma verdade que está revelada claramente nas páginas sagradas.
Os doutrinadores das escolas meso-tribulacionistas e pós-tribulacionistas têm as suas razões pessoais para não crer no rapto dos salvos antes da Grande Tribulação. Contudo, é bom não irmos além do que está escrito (1 Co 4.6); nem nos movermos facilmente de nossas convicções quanto ao nosso livramento da “ira [de Deus] vindoura”, por ocasião da vinda de Jesus (1 Ts. 1.10; 4.17; 2 Ts 2.2-9). Neste enquadre, os mídi-tribulacionistas (ou mesotribulacionistas) asseveram que o advento de Cristo se dará no meio desse futuro tempo de grande e indescritível sofrimento; por sua vez, os pós-tribulacionistas afirmam que a Igreja carece de profunda purificação, passará pelo grande sofrimento e tão-somente após a Grande Tribulação Jesus virá dos Céus.
Sei e estou bem certo e bem firmado: o pré-tribulacionismo é escola de interpretação que honra o que Deus disse do jeito que Ele disse.
Seremos arrebatados antes desse futuro período de poderes satânicos e terríveis trevas que sobrevirão aos moradores da Terra.
NOTAS
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