“Amados irmãos e CV.
Olhem que oração inusitada!
Certa vez, eu ia para um culto de evangelização em uma escola onde havia muitos alunos surdos que eram meus queridos.
Antes de sair eu fui para o quarto, ajoelhei e fiz a seguinte oração:
“Senhor, tu sabes o que eu vou enfrentar, me proteja do pastor. Não deixe que ele me maltrate. Eu não posso ficar mais triste e humilhada do que já estou. Não tenho mais forças”.
(Era o dia 26/03/2010. Esta oração consta de um e-mail que enviei a determinado pastor que me ajudava. No final desse e-mail dizia a ele: Eu não consigo entender isso na nossa igreja. Será que um dia isso vai acabar?)
Quando estava me dirigindo para a escola é que fui me dar conta da oração que havia feito. Senti uma tristeza muito grande ao perceber a que ponto havíamos chegado. Ao invés de pedir livramento dos lobos, do inimigo ou de acidentes, eu pedia ao Senhor para me proteger e para me livrar daquele que deveria ser um amigo e ajudador: o pastor da “unidade local”.
Que contradição! Alguém já viu coisa igual? Meu pastor um lobo! O que me enlouquecia era não entender porque acontecia essas coisas dentro da igreja e sem nenhum motivo. Eu nada fazia que justificasse esse injusto e insano tratamento.
Irmãos, icemitas, leitores em geral, era assim que eu vivia na maranata. Que tristeza!!!
A paz do Senhor Jesus a todos os queridos.
Eurípia Inês.”
Enviado em 09/07/2012 as 19:56
Eurípia, eu me recordo de uma oração no mesmo sentido (Sl. 13.1,2): “Até quando SENHOR (…) Até quando estarei eu relutando dentro de minha alma, com tristeza no coração cada dia? Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo?”
Era Davi, há uns três mil anos, na sua oração. Parece-me a oração de amados irmãos em Cristo padecendo afrontas debaixo do inimigo: o dominador do rebanho impôs o jugo maranático. Este jugo, aliás, pseudocarismático e quadragenário, confere autoridade eclesiástica aos formatados icemitas erguidos à condição de meias-solas; e esses esfolam o povo com heresias, instigação do ódio religioso, meias verdades, mentiras, profetadas e revelagens. Sem conta!
Interessante é o centro desta oração (v. 3,4 – ênfase nossa): “Atenta para mim, responde-me, SENHOR, Deus meu! Ilumina-me os olhos, para que eu não durma o sono da morte; para que não diga o meu inimigo: Prevaleci contra ele; e não se regozijem os meus adversários, vindo eu a vacilar.”
Neste ponto Davi compreendeu que a mudança NÃO estaria em Deus; a mudança NÃO estaria na mente dos inimigos de sua alma. A ATITUDE DEFINITIVA e geradora de MUDANÇAS dependeria exclusivamente do adorador. Sem atitude e determinação de mudanças Davi morreria mesmo (o original fala de morte).
O que muitos icemitas honestos custam a compreender é que a ICM-PES não passa de maranatismo monárquico, pseudocarismático e quadragenário. Eclesiasticismo forte em apostasia, fraudes, heresias, meias verdades e mitos. Forte em falsa unção. Forte em profetadas e revelagens nos cultos proféticos. Por isso, mesmo nem é evangélico, nem pentecostal, nem protestante na exata acepção desses termos.
Ora, emocionalmente envolvido com algo “além da letra” e místico alguém exclama do púlpito: “aqui Deus fala!” Acreditando ele que profetadas têm o aval de Deus; ou então: “aqui a palavra é revelada!” Entendendo que ao meia-sola remendado basta o jargão: “ossorrevelô que esta Obra veio da eternidade” como se o chefe religioso conseguisse esconder, por mais tempo, a antiga briga pelo poder que provocou o êxodo de alguns presbiterianos rebeldes que deram início à imaginada “Obra Maravilhosa” (mas a história contada por eles evita lançar luzes nas sombras…). O poder camaleônico é auto-defensivo, avarento e dissimulador. Gera morte. Ora, desde quando o bairro da Toca, em Vila Velha-ES, veio da eternidade?
Ora, com o despertar para a realidade alguém, como Eurípia, começa a perceber que o inimigo maior não é a bengala, a doença, a falta de acesso melhor, a limitação física, o assaltante. Nem o demônio em pessoa! O emissário do palácio da rainha desfigurada que a discrimina, obstaculiza e ridiculariza deveria ser o pastor; mas não consegue. (O dono da sapataria detesta pastores segundo o coração de Deus; mas fabrica meia-solas com barbante, cera e sovela para manutenção da monarquia e dos negócios…).
Para o inimigo não importa o sofrer do outro, pois a OBRA vem em primeiro lugar. O ânimo do fariseu icemita preconceituoso é contra a bengalante indefesa (incapazes e necessitados não são bem vistos na Obra). E pior: a bengalante incomoda e luta contra o sofrimento. Se nada obtém de benefícios com a mesmice do culto frio, herético e sonolento, ao chegar em casa ela adora e cultua o Eterno e Todo-Poderoso onde está (mas longe da presença do inimigo). No entanto, o envolvimento emocional é intenso e falta a ATITUDE DEFINITIVA. Que momento!
Por fim, o divisor de águas: “que eu não durma o sono da morte”. Davi compreendeu: Deus não mudaria; o inimigo não mudaria; mas a atitude definitiva dependeria dele, exclusivamente: ver-se livre da morte. Sendo confrontada, Eurípia compreendeu:fugiu do ninho sujo… muito sujo.
Quando o despertar para a realidade mostra que muita coisa está errada nesta igreja, continuar cúmplice é deshonra, pois o poder camaleônico é real. Sim! Por estas e outras razões os retirantes querem ficar livres e longe do jugo anterior. Longe da casa mal assombrada cuidarão das feridas que levam em suas almas, famílias, negócios… Sejam fortes retirantes…
Que final feliz para Davi (v. 5,6): “No tocante a mim, confio na tua graça; regozije-se o meu coração na tua salvação. Cantarei ao SENHOR, porquanto me tem feito muito bem.”
Que final feliz para os que DECIDEM não mais continuar à mercê de inimigos de suas almas.
Retirantes! Não olhem para trás, como está escrito (Lc. 9.62): “Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus.”
CV.
Atualização em 31.05.2018 às 15:00
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