Ainda faz sentido dizer que Jerusalém é “a Lareira de Deus” ?
Ou, com outras palavras: Que vida espiritual existe na Jerusalém de hoje que sirva de amparo para os filhos de Israel que para lá retornam ou de luz para as nações?
“Estatelai-vos e ficai estatelados, cegai-vos e permanecei cegos; bêbados estão, mas não de vinho; andam cambaleando, mas não de bebida forte. Porque o SENHOR derramou sobre vós o espírito de profundo sono, e fechou os vossos olhos, que são os profetas, e vendou a vossa cabeça, que são os videntes. Toda visão já se vos tornou como as palavras de um livro selado, que se dá ao que sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele responde: Não posso, porque está selado; e dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele responde: Não sei ler. O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu, continuarei a fazer obra maravilhosa no meio deste povo; sim, obra maravilhosa e um portento; de maneira que a sabedoria dos seus sábios perecerá, e a prudência dos seus prudentes se esconderá.” (Isaías 29.9-14 )
O Livro de Isaías contém profecias endereçadas principalmente a Jerusalém (capital do Reino do Sul – Judá); mas registra profecias contra Samaria (capital do Reino do Norte – Israel) e outras nações. Diversos juízos proféticos são lançados contra Israel, cuja idolatria e impenitência serão castigadas pelas mãos de um “certo homem valente e poderoso” (o rei da Assíria) que será o instrumento do justo juízo do Santo de Israel que cairá sobre Samaria (28.1-6). Isto é profecia realizada, cuidando do cativeiro assírio.
Depois deste primeiro aviso a atenção do profeta se dirige ao Reino do Sul (Judá) e sua capital Jerusalém (28.7-29.16) que não escapará do juízo divino, pois os pecados de Samaria também são vistos naquela que deveria ser uma bênção para todos os povos.
Isaías emprega a expressão “a Lareira de Deus” (a RC 1995 apresenta a palavra hebraica transliterada ’arï’el como substantivo próprio Ariel, um nome simbólico de Jerusalém). A cidade estava entregue à frivolidade, idolatria, injustiça social, luxúria e ociosidade; eram egoístas e viviam cercados de uma falsa segurança. A adoração era formal, insincera, pois o coração do povo estava longe do SENHOR (vs.13-16).
Apostasia!
As autoridades de Judá estavam bem cientes do julgamento divino que cairia sobre Jerusalém; mas segundo a profecia a cidade não seria destruída totalmente, por enquanto (29.5-8). Eles buscaram socorro no Egito para se rebelarem contra o jugo da Assíria; mas a aliança política seria inútil e provocou o lamento divino (30.1-4). Em resultado da intercessão oportuna e sincera, os exércitos do assírio Senaqueribe ali foram destruídos (701 a.C., cf. 37.36) e a cidade foi alvo de um grande livramento devido à intervenção divina. Porém, os filhos de Judá não se arrependeram e voltaram às mesmas práticas idólatras, injustas e pecaminosas. Então, o justo juízo divino veio muito mais severo e terrível pelas mãos das invasões dos babilônios (605, 597 e 586 a.C.). Jerusalém foi incendiada pelos babilônios, a matança foi grande, o Templo Sagrado foi destruído e o povo levado ao cativeiro. Setenta anos!
A apostasia que estamos vendo não nos expõe algo semelhante?
As heresias que correm pelas igrejas não enfraquecem o testemunho e a vida cristã que devem produzir bons frutos para a eternidade?
Na História de Israel o Espírito de Deus demonstrou amor incondicional pela descendência de Abraão; mas impulsionou homens e mulheres denunciando o abandono das Escrituras, abusos e crimes das autoridades religiosas, idolatria, injustiças sociais, pecados, prevaricações e rebelião. Jerusalém foi chamada cidade sanguinária. Lembra? Em Seu juízo Ele demonstrou o Seu zelo: servidão, cativeiro e desolação: 70 anos!
Não está Israel retornando às terras palestinas, mas em sua incircuncisão espiritual e incredulidade?
Não é verdade que os judeus estão sofrendo ataques de seus falsos profetas?
Não é verdade que as “dores de parto” começaram, a parturiente grita os seus temores, Israel está assustado e seus filhos cegos? Como alguém que é acordado de solavanco e na escuridão da noite não consegue ler o que está escrito em letras bem grandes na parede, ainda que com olhos estatelados? E não é verdade que devido a esta cegueira, as autoridades de Israel, de braços abertos, receberão o Falso Messias e ao final da “grande tribulação” somente o remanescente de Israel será salvo?
Não é verdade que o arrebatamento iminente e indivisível da “igreja de Deus…o Corpo de Cristo” pegará muita gente de surpresa?
O profeta Isaías exerceu o seu ministério em uma época conturbada e muito violenta. Quando cessou a GRAÇA o JUÍZO foi inevitável.
Por certo, a história se repete….
Que juízo merece a insinceridade em que estamos vivendo?
NOTAS
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Atualização em 31.07.2016 às 12:00 Este artigo http://cavaleiroveloz.com.br/index.php/2009/11/jerusalem-a-lareira-de-deus/
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[…] Jerusalém, a “cidade sanguinária” (Ez. 22; Na. 3) havia esquecido o cativeiro babilônio e o peso daquela sentença. Como é fácil resistir ao Espírito Eterno! Naquela semana o lamento de Jesus ficara registrado (Mt. 23.37-39): “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes! Eis que a vossa casa vos ficará deserta. Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!” […]
[…] Na tradição cristã aparece a expressão “carregar a cruz” (gr. stauron bastazein). E ficamos impregnados com o que aconteceu a Jesus desde o pátio da condenação, debaixo de flagelos, até o Calvário em Sua paixão e sofrimento vicário. Jerusalém, cidade sanguinária que mata profetas! […]