Em que consiste a esperança do crente?

   A esperança cristã é um dos três grandes pilares da fé em Cristo Jesus. Biblicamente falando, ela é impossível ao não crente em Jesus, por ser uma virtude cristã.

A esperança cristã é garantida pelo agir de Deus, porque o SENHOR não muda (Ml. 3.6). O agir do Altíssimo (Is. 43.13) é insondável e maravilhoso (Jl. 2.26) no paciente processo da Revelação Proposicional.

Encontramos exemplos inumeráveis e apenas ressaltamos: a criação original; a chamada de Noé, de Abraão e de Moisés; o grande juízo sobre o Egito e o livramento dos hebreus pelo mar Vermelho (onde o exército do Faraó foi destruído); o agir de Deus na conquista de Canaã (abrindo as águas das cheias do Jordão, derrubando as muralhas de Jericó, fazendo o sol e a lua ficarem parados em seu caminhar); o exercício da autoridade espiritual no ministério dos profetas de Deus; os maravilhosos milagres de Jesus e outros tantos dos apóstolos…

Estes e muitos outros relatos das Escrituras consolidam a nossa confiança e esperança no SENHOR como nosso Ajudador, Deus Presente, Maravilhoso Provedor e Sustentador.

Não é de admirar, pois, que o apóstolo Pedro nos anima e fortalece quanto ao depósito desta esperança em Deus (1, 1.3-5 – ênfase nossa):

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que SOIS GUARDADOS PELO PODER DE DEUS, MEDIANTE A FÉ, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.”

No entanto, em que consiste esta esperança?

1) Temos esperança na graça da Deus e nos livramentos que Ele nos oferece nas tribulações desta vida presente (Sl. 33.18-19):

“Eis que os olhos do SENHOR estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia, para livrar-lhes a alma da morte, e, no tempo da fome, conservar-lhes a vida.”

Leia também: Sl. 42.1-5; 71.1-5,13-14; Jr. 17.17-18.

2) Temos esperança de que chegará o dia em que nossas tribulações cessarão aqui na terra, quando esta não mais estará sujeita à corrupção, e terá lugar a redenção (ressurreição) do nosso corpo (Rm. 8.18-25):

“Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós.

A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.

Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.

Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.”

Leia também: Sl. 16.9-10; 2 Pe. 3.12.

3) Temos esperança na consumação de nossa salvação (1 Ts. 5.8-10 – ênfase nossa):

“Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação; porque Deus não nos destinou para a ira [de Deus], mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós para que, quer vigiemos [quer estejamos vivos], quer durmamos [quer tenhamos morrido], vivamos em união com ele.”

4) Temos esperança de uma casa eterna nos novos céus, naquela cidade cujo arquiteto e edificador é Deus (2 Co. 5.1-5; Hb. 11.10 – ênfase nossa):

“Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus.

E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial; se, todavia, formos encontrados vestidos e não nus.

Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida.

Ora, foi o próprio Deus quem nos preparou para isto, outorgando-nos o penhor do Espírito.”

“Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia.

Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador.”

Leia também: Jo. 14.2; 2 Pe. 3.13.

5) Temos esperança no arrebatamento iminente, indivisível e instantâneo da “igreja de Deus… corpo de Cristo”, para o encontro com Ele nos ares; e, quando, então, nós O veremos como Ele é, e nos tornaremos semelhantes a Ele (1 Ts. 4.13-18 – ênfase nossa):

“Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança.

Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem.

Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem.

Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.

Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.”

Leia também: Tt. 2.13; Fp. 3.20-21; 1 Jo. 3.2-3.

6) Temos esperança de recebermos a coroa da justiça (2 Tm. 4.7-8), a imarcescível coroa de glória (1 Pe. 5.4) e a coroa da vida (Ap. 2.10), parte dos galardões reservados para os fiéis. Ênfase nossa:

“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.”

“Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória.”

“Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a cora da vida.”

7) Finalmente, temos esperança da vida eterna; da vida garantida a todos que exercem fé em Jesus Cristo e O obedecem (Jo. 3.16-21;36; 6.47 – ênfase nossa):

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê [exerce fé] não pereça, mas tenha a vida eterna.

Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

Quem nele crê [exerce fé] não é julgado; o que não crê [não exerce fé] já está julgado, porquanto não crê [não exerce fé] no nome do unigênito Filho de Deus.

O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras.

Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus.”

“O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos. Por isso, quem crê [quem exerce fé] no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”

“Em verdade, em verdade vos digo: quem crê [quem exerce fé] em mim tem a vida eterna.”

Leia também: Tt. 1.2; 3.7; 1 Jo. 5.11-13.

   Lembro de um dos belos hinos cristãos

A âncora da Fé

1. Uma âncora temos, que a força do mar,

Por muito que ruja, não pode quebrar.

É a linda esperança que outorga Jesus,

Legada na morte de angústia na cruz.

2. No arcano celeste, no trono de Deus,

Que reina supremo na glória dos céus,

Ali está presa e estável será,

Pois Deus o garante: Jamais falhará.

3. E quando a tormenta mais rija bramir,

Tenhamos certeza de paz no porvir!

Nem fúria dos ventos, nem choques do mar

A entrada do porto nos podem vedar.

Letra: Rev. Ricardo Holden (1828-1886)

Música: David Evans (1874-1948), melodia Maldwyn.

 442 – Hinário Evangélico, 446 – Salmos e Hinos

Portanto, o alicerce da esperança do crente em Jesus procede da natureza de Deus Pai, de Jesus Cristo e de Sua Palavra que não volta vazia, mas fará o que Lhe convém e prosperará naquilo para o que foi designada (Is. 55.10-11). Sempre!

Sim! Fiel é Deus. Com tão grandes promessas reservadas àqueles que esperam em Deus e no Seu Filho Jesus, o apóstolo Pedro nos conclama (1, 3.12-17 – ênfase nossa):

“Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males.

Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom? Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois.

Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo, porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal.”

NOTAS

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Revisão: 6.10.2013

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Quando não mais dá tempo

A madrugada avançava…

A movimentação de pessoas e de veículo ambulância quebrou o silêncio no Hospital Central do Exército em Triagem, Rio de Janeiro. Certo doente dava entrada na Enfermaria para um longo dia de cuidados e exames…

Como gemia! Certamente, para não despertar os demais pacientes hospitalizados, colocaram o infeliz na sala do enfermeiro de plantão. Deixaram ali as instruções para nova dose de morfina e providências de rotina. E se retiraram.

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O rabo do Diabo está metido nisto

“…o fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois fios.”  (Pv. 5.4)

Decadência!

Dura verdade! Ávidos de aprenderem a caminhar pelos meandros dos mistérios da Obra, cada encantado com a Obra Maravilhosa adquire certeza da necessidade dos encontros do Maanain. Dois, no máximo três dias nos seminários de fins de semana… Então, em Nome de Deus, começa a ação esquizofrênica dos líderes do maranatismo-monárquico-pseudocarismático na mente dos principiantes.

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